sábado, 6 de novembro de 2010

Como as coisas mudam

Ás vezes parece que andamos todos a falar do mesmo.

Se num rico dia de sol me lembro que deitar em cima da cama, encolher a barriga, o rabo e fazer coreografias modernas é demasiado para vestir umas calças, e que então talvez uns tempos de contenção no açúcar não fizessem grande mal. No dia seguinte à decisão, garanto, caem-me uns tantos convites para jantaradas, lanches em pastelarias e o diabo a sete em confecções açucaradas. Os comentadores na televisão passam a ser todos nutricionistas e as publicidades todas dedicadas a comprimidos que fazem sumir quilos em minutos. O mundo passa a ser cinzento e dietas. Se o que domina a mente é um amor falhado, parece que passou toda a gente a ter namorados e a ser muito feliz e melosa de um dia para o outro. Os blogs passam todos a ter textos de amores épicos, as comédias românticas parecem muito mais românticas e os dramas são todos histórias de amor felizes, que fazem chorar as pedras da calçada.

Eu queria escrever sobre ambiguidades. Sobre como há amizades que de repente parecem diferentes. Sobre como as coisas mudam. Mas parece que já anda toda a gente a escrever sobre isso.

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